Feijoada na Peruche homenageia Velha Guarda
A Unidos do Peruche realiza neste sábado, dia 9, uma feijoada em homenagem aos 37 anos da Velha Guarda da escola, fundada por Carlos Caetano, o Carlão da Peruche. O evento acontece ao meio-dia na quadra da agremiação, Avenida Ordem, 1061, próximo a Ponte da Casa Verde.
Na oportunidade haverá várias homenagens a cronistas carnavalescos de São Paulo e o lançamento da Associação dos Cronistas Carnavalescos e Eventos do Estado de São Paulo Accareesp. A entidade tem o objetivo de buscar melhor entrosamento entre os divulgadores do carnaval e os sambistas, diritentes e autoridades responsáveis pela realização do Reinado de Momo Paulistano.
Alguns dos cronistas homenageados serão: Evaristo Carvalho; Américo Garcia; Paulo Valentim; Moisés da Rocha; João Paulo; Candinho Neto; Raul Machado; JR Silva; Robson Oliveira; Bras Pereira; José Carlos Alvarenga; Senna e Vininha de Moraes.
CAMISA VERDE E BRANCO
Também no sábado, dia 9, a partir das 13h, na Rua James Holland,663, na Barra Funda, acontecerá a tradicional feijoada da Velha Guarda do Camisa Verde e Branco com a realização da super roda de samba e a presença de vários convidados.
VILA MARIA LANÇARÁ ENREDO 2013
A Escola de Samba Unidos de Vila Maria fará o lançamento de seu enredo para 2013 neste sábado, dia 9, a partir das 18h. O endereço da festa, será na Rua Parecis,107, no Cambuci, região central de São Paulo.
NENÊ DE VILA MATILDE E O ENREDO 2013
O Lançamento do Enredo 2013 da Nenê de Vila Matilde, também acontece neste sábado, dia 9, às 22h, com a presença do Grupo Batucando, Bateria de Bamba, Show da Nenê de Vila Matilde e Grupo Olodum. Convites antecipados e reservas de mesas pelo telefone: 2013-9757. Entrada R$ 15. Rua Julio Rinaldi, 01 – Vila Salete – Penha. Telefone: 2013-9757. Site www.nenedevilamatilde.com.br
Cronistas do carnaval ganham associação
37 anos da Velha Guarda do Peruche
No próximo sábado (9 de junho), a partir das 12 horas, será realizada na quadra da Unidos do Peruche – Av. Ordem e Progresso, 1.061, nas proximidades da Ponte da Casa Verde – a Feijoada em homenagem aos 37 anos da Velha Guarda da escola fundada pelo legendário Carlos Caetano, o Carlão da Peruche. Na oportunidade, haverá o lançamento da Accareesp – Associação dos Cronistas Carnavalescos e Eventos do Estado de São Paulo – , entidade que surge com a proposta de buscar melhor entrosamento entre os divulgadores do carnaval e os sambistas, dirigentes e autoridades responsáveis pela realização do Reinado de Momo Paulistano. Alguns dos cronistas homenageados serão: Evaristo Carvalho, Américo Garcia, Paulo Valentim, Moisés da Rocha, João Paulo, Candinho Neto, Raul Machado, JR Silva, Robson Oliveira, Bras Pereira, José Carlos Alvarenga, Sena e Vininha de Moraes.
Camisa Verde e Branco
Também no próximo sábado (9 de junho), a partir das 13 horas, na Rua James Holland,663, Barra Funda, acontecerá a tradicional feijoada da Velha Guarda do Camisa Verde e Branco com a realização da Super Roda de Samba, com a presença de vários convidados.
Vila Maria lança enredo 2013
A partir das 18horas de sábado (9 de junho), a Escola de Samba Unidos de Vila Maria fará o lançamento de seu enredo para 2013. O endereço da festa é Rua Parecis,107 , Bairro do Cambuci, na região central de São Paulo.
Nenê de Vila Matilde e o enredo 2013
O lançamento do enredo 2013 da Nenê de Vila Matilde será feito no sábado (9 de junho), às 22 horas, com a presença do Grupo Batucando, Bateria de Bamba, Show da Nenê de Vila Matilde e Grupo Olodum. Convites antecipados e reservas de mesas pelo telefone: 2013-9757. Entrada R$ 15. Rua Julio Rinaldi, 1 – Vila Salete – Penha. Telefone: 2013-9757. Site: www.nenedevilamatilde.com.br
Vila Maria homenageia a Coreia e Nenê canta a igualdade
Duas das mais tradicionais escolas de samba paulistanas lançaram enredos para o carnaval 2013 em meio a festas diferentes em formato e tamanho, mas de igual repercussão quanto a seus conteúdos em busca de grande apresentação no próximo Reinado de Momo. O Blog do Candinho acompanhou as duas festas, no último final de semana.
A Unidos de Vila Maria terá como tema os 50 anos da imigração coreana no Brasil, enquanto a Nenê de Vila Matilde defenderá o tema Da Revolta dos Búzios à Atualidade, Nenê Canta a Igualdade.
Homenagem à Coreia do Sul
A escola da zona norte fez o lançamento da homenagem que prestará à Coreia do Sul com a assinatura do protocolo de intenções na sede da Associação dos Coreanos no Brasil, no Cambuci, região central de São Paulo. Na ocasião, foi realizado um show de samba com a presença de ritmistas e lindas mulatas da escola presidida por Paulo Sergio Ferreira, o Serginho. Na sequencia, houve demonstração de arte coreana com a presença de percussionistas e de um coral com homens e mulheres representantes da colônia, da associação presidida por Back Soo Lee.
Após as apresentações, os presidentes das duas entidades discursaram e assinaram o protocolo de intenções no qual se comprometeram a realizar o próximo desfile da agremiação no Anhembi. Paulo Sergio Ferreira agradeceu aos coreanos pela abertura da sede da associação à sua escola e pela confiança depositada na Unidos de Vila Maria.
Concurso via internet e viagem à Coreia do Sul
O presidente da Associação dos Coreanos Back Soo Lee salientou ter definido a Vila Maria para materializar essa homenagem com base no trabalho apresentado pela escola em 2008, quando o tema levado ao sambódromo foi o centenário da imigração japonesa no Brasil.
Para colaborar com o enredo a ser desenvolvido pela Vila Maria, ainda segundo o presidente, será feito um concurso mundial via internet para a obtenção de ideias que possam ser úteis na elaboração final do tema que terá à frente o carnavalesco Chico Espinosa. Em companhia de um grupo de trabalho da Vila Maria, ele deverá viajar para a Coreia do Sul a fim de pesquisar os usos e costumes dos coreanos para aplicá-los no carnaval da entidade.
Um pouco de história, costume e economia
Com 5 mil anos, a Coreia do Sul é um país que mistura tradição e modernidade. É o país da siderurgia, do automobilismo, da tradição, da tecnologia, do sagrado, da internet e é uma das maiores economias do mundo.
Em 2013, a imigração coreana completa 50 anos no Brasil e a Verde Azul e Branco da zona norte mostrará como a gigantesca e forte colônia produziu e produz uma mistura cultural que cresce a cada dia.
A gastronomia que apimenta nosso paladar, o esporte que brilha e nos fascina e a moda são temas que estarão presentes no desfile sobre a Coreia do Sul.
A festa terá sequência na Vila Maria
A festa de lançamento do enredo em homenagem aos coreanos no Brasil terá sequencia no próximo dia 30 de junho, a partir das 13horas, quando será realizada uma feijoada na quadra da Unidos da Vila Maria – Rua Cabo João Monteiro da Rocha, 447, Jardim Japão, zona norte de São Paulo - reunindo os componentes da escola de samba e da Associação dos Coreanos no Brasil, além de convidados especiais.
Na oportunidade, serão apresentados o nome definitivo do enredo e a marca, bem como as novas contratações da Vila Maria para o Carnaval 2013, sendo uma delas o novo mestre de bateria e, segundo o presidente Serginho, provavelmente também o novo intérprete do samba-enredo. As atrações musicais da feijoada serão as seguintes: Reinaldo, Almirzinho, Grupo Eminente, DJs Mistura Fina e Bateria Unidos de Vila Maria. Mais informações 2981-3154 ouwww.unidosdevilamaria.com.br
NENÊ CANTA A IGUALDADE
Em seu retorno ao Grupo Especial da Liga, a escola de samba da zona leste vai abordar a Revolta dos Búzios que, na visão da Nenê, é um importante capitulo da história do Brasil na busca pela igualdade nas suas mais variadas facetas: salarial, diversidade sexual, raças, oportunidades e muitas outras questões sociais.
Revolta dos Búzios
Este episódio da história do Brasil, também conhecido como a Revolta dos Alfaiates, ocorreu na segunda metade do Século 18 e foi marcado por profundas transformações que assinalam a crise do antigo regime europeu e de seu desdobramento na América, o antigo sistema colonial. Os princípios Iluministas e a Independência dos Estados Unidos já tinham influenciado naquela época a Inconfidência Mineira em 1789 liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Na Bahia, as precárias condições de vida do povo provocou uma série de motins e ações extremadas dos setores mais pobres da população que, em 1797, promoveu vários saques em estabelecimentos comerciais portugueses de Salvador, ficando este movimento conhecido como A Revolução dos Búzios.
Maurício Pestana
A proposta do tema partiu do publicitário, cartunista, escritor e roteirista Maurício Pestana, morador da zona leste. O carnavalesco Eduardo Caetano, que encabeça a Comissão de Carnaval ao lado de destacadas figuras como Betinho, Marcio Telles, Rafael e Magu é quem terá a missão de colocar em prática os ideais contidos na proposta em busca da igualdade na nossa sociedade.
Governo da Bahia como parceiro
A Águia Guerreira da zona leste terá como forte parceria no carnaval 2013 o Governo da Bahia, uma vez que a Revolta dos Búzios teve como cenárioo território baiano. O Grupo Olodum será parceiro nessa empreitada. O presidente Mantega, quando do lançamento do enredo na quadra da entidade – Rua Julio Rinaldi s/n, Vila Salete – destacou ser uma honra imensa receber o Olodum na quadra da Nenê, por se tratar de uma instituição emblemática que cuida da cultura, da história do povo brasileiro. O presidente do Olodum, João Jorge Santos Diniz, destacou já haver a Águia Guerreira recebido a entidade baiana quando seu fundador Alberto Alves da Silva, o Seu Nenê, estava em vida.
Diva da bateria
Na festa de lançamento do enredo da Nenê de Vila Matilde, quem também foi destaque foi a modelo Adriana Bombom, a Diva da Bateria 2013. Bom-Bom destacou ao Blog do Candinho ter sido a Nenê sua primeira Escola de Samba em São Paulo, há cerca de 20 anos, quando esteve à frente da bateria da agremiação Azul e Branco da zona leste. Ela diz que agora voltou com a disposição de ficar definitivamente como integrante da escola, a menos que não a deixem permanecer na entidade, finalizou Bom-Bom.
Santa Bárbara lança Projeto Voluntário Folião
A Escola de Samba Unidos de Santa Bárbara do Grupo de Acesso da LIGA Independente das Escolas de Samba de São Paulo criou o DAC – Departamento de Destaques de Alegoria, Destaques de Chão, Apoios de Destaques, Composições e Coordenadores de Alegorias, e por meio do diretor do departamento, J. Ivo Brasil, lança o “Projeto Voluntário Folião”
O objetivo, segundo Brasil, é lançar mão da Lei 9.608/98, que dispõe sobre a modalidade de trabalho voluntário em todo território nacional. Além disso, querem: incentivar a população de foliões em geral a praticar atos decidadania/voluntariado; formar novos públicos e platéias; estimular a reflexão sobre o carnaval enquanto cultura popular e fonte geradora de bens e/ou serviços; interagir e integrar o segmento carnavalesco as práticas já adotadas pelas grandes corporações/ empresas; proporcionar intercâmbios de conhecimentos e desmistificações relativas ao segmento proposto e resgatar a cidadania da população envolvida diretamente com o carnaval.
Ainda segundo palavras do diretor J. Ivo Brasil “…queremos nos antecipar e buscar soluções para antigos problemas inerentes ao departamento dos destaques de alegoria, destaques de chão e composições. Quem vive carnaval, como eu vivo, sabe que esses problemas existem antes, durante e depois dos desfiles”.
Sobre a questão da lei, o diretor esclarece que todos terão de assinar um Termo de Voluntariado e informa que “de acordo com o artigo 1º da referida lei, define-se trabalho voluntário toda atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade”.
Os interessados em participar do processo devem analisar as vagas, seus requisitos, suas competências, as contrapartidas, o período de inscrição que vai de 14/06/2012 a 31/07/2012, e só depois solicitar sua ficha de inscrição através dos seguintes meios:
E-mail: cdlicarnaval@gmail.com
Fones: (11) 98561738 ou (11) 54766772
VAGAS PARA VOLUNTARIADO
Apoios de Destaques – 20 vagas
Coordenadores de Alegoria – 6 vagas
REQUISITOS PARA APOIO DE DESTAQUE
Fácil adaptação a novos ambientes de trabalho;
Gostar de trabalhar em equipe;
Gostar de carnaval;
Ter atuado no segmento carnavalesco por pelo menos um ano;
Ser maior de 18 anos;
Não ter medo de altura;
Preferencialmente ter conhecimento de montagem e desmontagem de fantasias (não obrigatório mas desejável);
Foco no trabalho;
Ser ágil;
Gostar de desafios;
Não ter preconceitos com relação a sexo, cor, religião, filiação partidária, esportiva ou afim;
Ter disponibilidade de horário para reuniões (que acontecem geralmente nos fins de semana, mas que eventualmente pode acontecer durante a semana, no período da tarde ou da noite……estas reuniões podem se intensificar a medida que se aproxima o mês referente ao desfile);
Ser paciente e pró ativo;
Gostar de lidar com o público;
Ter conhecimento básico de informática/navegação na internet;
Ter ensino fundamental completo;
Já ter atuado como voluntário em outro segmento;
Ter fácil acesso a Escola de Samba Unidos de Santa Barbara que fica localizada na Rua José Cardoso Pimentel,1B – Itaim Paulista – São Paulo – SP
COMPETE AO APOIO DE DESTAQUE (a vaga é, preferencialmente, para o sexo masculino).
Assessorar o Destaque de Alegoria e/ou Destaque de Chão na montagem e desmontagem de sua fantasia, na concentração e dispersão ;
Auxiliar o Destaque de Alegoria na hora de colocar (na concentração) e tirar (na dispersão) sua fantasia na alegoria;
Ser responsável pelos pertences dos Destaques durante o desfile;
Auxiliar o destaque durante o carregamento de suas ferragens, roupas e acessórios que compõem sua fantasia, seja para chegada na concentração como na saída da dispersão;
REQUISITOS PARA COORDENADOR DE ALEGORIA (ambos os sexos)
Gostar de trabalhar em equipe;
Ter senso de liderança;
Ser maior de 25 anos;
Ter experiência no segmento carnavalesco (preferencialmente já ter atuado como Harmonia, Destaque ou Chefe de Ala dentro do segmento proposto);
Ter muito senso de responsabilidade e compromisso;
Gostar de lidar com o público;
Fácil adaptação a novos ambientes de trabalho;
Ser extremamente organizado;
Ter conhecimento de informática (Word, Excel, Navegação na internet/redes sociais……)
Ter ensino médio completo;
Já ter atuado em serviços voluntários em outro segmento;
Foco no trabalho;
Ser ágil;
Gostar de desafios;
Não ter preconceitos com relação a sexo, cor, religião, filiação partidária, esportiva ou afim;
Ter disponibilidade de horário para reuniões (que acontecem geralmente nos fins de semana, mas que eventualmente pode acontecer durante a semana, no período da tarde ou da noite……estas reuniões podem se intensificar a medida que se aproxima o mês referente ao desfile);
Ter fácil acesso a Escola de Samba Unidos de Santa Barbara que fica localizada na Rua José Cardoso Pimentel,1B – Itaim Paulista – São Paulo – SP
COMPETE AO COORDENADOR DE ALEGORIA
Assessorar a Direção do DAC em todas as atribuições referentes ao departamento e a montagem do carnaval/alegoria que estiver sob sua responsabilidade, bem como supervisionar as equipes de cada uma destas alegorias.
CONTRAPARTIDAS
Certificado de participação em trabalho voluntário;
Emissão de carta ou ofício que ateste a realização do trabalho voluntário para fins de comprovação de Atividade Complementar (no caso de estudantes universitários);
Fornecimento de camiseta específica para o desfile carnavalesco;Transporte para ida e vinda do local de desfile até o local de encontro da equipe;Alimentação para o dia de desfile;Emissão de carteirinha de associado da escola de samba;Liberdade de usar o espaço da escola de samba para realizar eventos que seja do interesse da comunidade e/ou equipe em que está inserido/a;
João Nogueira será tema da Águia de Ouro em 2013
A Águia de Ouro da Pompéia fará homenagem, no Carnaval 2013, ao músico e cantor João Nogueira, com o tema: ‘Minha missão. O canto do povo. João Nogueira’.
Durante mais de 40 anos, João Nogueira dedicou-se à música, gravando 18 discos e ganhou grande projeção no samba. O carnavalesco Claudio Cavalcante, o Cebola, já trabalha no tema que irá contemplar a música popular brasileira.
João Batista Nogueira Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 12 de novembro de 1941, onde faleceu aos 58 anos, em 5 de junho de 2000. Era filho de João Batista Nogueira, advogado e músico amador que promovia encontros musicais aos domingos, nos quais iam convidados ilustres, como Pixinguinha.
Ainda criança, era colocado na cama para dormir, mas ficava ouvindo o canto que ecoava pela casa. Com isso, aos 10 anos de idade, João Nogueira decidiu-se pela carreira na música. Cresceu e fundou o Clube do Samba e também, integrou a Ala de Compositores da Portela. Foi grande admirador do legendário compositor Nelson Cavaquinho e dos grandes nomes do samba carioca.
O músico Diogo Nogueira, de 30 anos, é um dos legados de João Nogueira. Ele seguiu o pai e o avô no gosto e carreira musical. A expectativa é que sua participação no desfile abrilhante essa homenagem da Águia de Ouro ao grande sambista.
Apresentamos abaixo sambas de sucesso – muitos deles compostos e outros interpretados pelo músico, compositor, sambista e cantor João Nogueira
Liga completa 26 anos e inaugura sede reformada
A LIGA Independente das Escolas de Samba de São Paulo completou, no dia 19 de junho, 26 anos de sua fundação. A festa realizada na sede da entidade, no bairro da Ponte Pequena, região central da cidade, teve como foco principal a inauguração do plenário que leva o nome do sambista Marko Antonio da Silva, o Markinho, falecido em abril de 2011. O espaço funcionará como sala de reuniões e outras atividades do samba paulistano.
Ex-presidente da Tom Maior e vice-presidente administrativo e de comunicação da LIGA, Markinho foi representado na oportunidade por Luciana Silva, sua irmã e atual presidente da Tom, e por Mauricio Silva, presidente do Conselho Deliberativo da escola do Bom Retiro.
Para Luciana, esse reconhecimento foi um momento emocionante em sua vida. Ela entende que ter uma sala no nome de seu irmão nas dependências da LIGA, onde todos estão a favor, significa que ele foi uma pessoa muito importante não só para a Tom Maior e para a LIGA, mas também para todas as outras escolas de samba coirmãs. “Isto é realmente gratificante para mim”, disse.
O termo ” Quem corre atrás do que gosta, não se cansa”, bordão muito usado por Marko Antonio da Silva, foi colocado na placa que fica na entrada do plenário, no quarto andar da sede da LIGA. “Agora é a frase de cada momento em minha vida”, afirmou Luciana Silva.
Palavras do presidente Serginho
O Presidente da LIGA, Paulo Sergio Ferreira, o Serginho, disse que é uma glória celebrar os 26 anos da entidade, que participa de um carnaval disputadíssimo e é mais antiga que o espaço onde a festa é realizada, o sambódromo do Anhembi.
O mais importante neste aniversário, para o presidente da LIGA, foi a remodelagem feita no prédio, agora sim, à altura da festa. O investimento na reforma da sede irá custar cerca de R$ 1,5 milhões, até o fim das obras. A modernização engloba os quatro do prédio e a fachada. Quem passar pela Av. Santos Dumont à noite terá a oportunidade de presenciar um sofisticado sistema de iluminação mostrando os emblemas das escolas de samba associadas nas suas respectivas cores. A ideia é também se colocar um relógio que também mostre a contagem regressiva, em dias, para a realização do carnaval 2013.
A proposta é que a LIGA passe a abrigar, além das reuniões de trabalho, um programa que divulgue, às terças-feiras, tudo sobre os bastidores do carnaval paulistano. Isso incluiria explicar ao público como funciona o carnaval, o credenciamento de Imprensa, a segurança, o sistema de som e a bilheteria, enre outros itens.
Com a suntuosidade de sua nova sede, a LIGA acredita que terá mais condições de trazer novos parceiros para o carnaval. A ideia é fazer grandes projetos para as escolas de samba, que poderão usar o espaço para fechar negócios comerciais e institucionais. “Teremos a realização de vários tipos de cursos dentro do prédio”, disse o presidente da LIGA. Serginho agora aguarda a tão esperada Fábrica do Samba prometida pela Prefeitura, que dará condições ao crescimento do carnaval paulistano.
A opinião da SPTuris e da Prefeitura
O diretor da SPTURIS, Luis Salles, que representava a Prefeitura na festa, destacou dois aspectos da abertura da nova sede: primeiro, o investimento feito pela diretoria da LIGA que garantiu mais qualidade ao espaço, e a homenagem a Marko Antonio da Silva, uma pessoa visionária, muito ponderada, de fino trato, que entendia os antagonismos e sempre procurava soluções para os problemas que surgiam em sua frente.
Carnaval 2013
Com relação ao carnaval 2013, Salles salientou que tanto a SPTuris como a Prefeitura estão se preparando para disparar o cronograma de trabalho, seguindo orientação do Prefeito Gilberto Kassab em atender da melhor forma possível a realização do próximo Reinado de Momo Paulistano. No momento se discute a assinatura de contrato entre a Prefeitura e a SPTuris e após isto serão chamadas as entidades carnavalescas para a discussão e assinatura de contratos.
No momento, segundo o diretor da SPTuris, a maior dificuldade enfrentada pela administração da empresa que representa a maior festa popular em São Paulo está sendo com relação à Uesp – União das Escolas de Samba Paulistanas – que, por força de dívidas contraídas com a administração pública, não pode firmar contrato direto como representante legal das escolas e blocos carnavalescos a elas filiadas e estas agremiações, por serem humildes e sem a devida estrutura, estão merecendo um cuidado especial por parte da diretoria e gerência de eventos da SPTuris, que espera colocar as coisas em ordem o mais breve possível.
Novo racha no carnaval
Muito embora haja na atualidade um racha na Uesp com o surgimento da Aicasp – Associação Independente do Carnaval de São Paulo – algo parecido com a existência da LIGA e a Super LIGA, desfeito em 2011, para o diretor da SPTuris, tal qual quando da LIGA e Super LIGA cujas escolas assinavam contrato de carnaval diretamente com a empresa municipal de Turismo da Cidade de São Paulo, isto também deverá ocorrer com as duas entidades representantes do Grupo Um, dois, três,quatro das escolas de Samba e blocos carnavalescos constantes em ambas as agremiações carnavalescas que até o último Reinado de Momo estiveram sob o teto da Uesp – União das Escolas de Samba Paulistanas.
As quase 50 entidades pertencentes à Uesp e à Aicasp assinarão contrato direto com a SPTuris, agora quanto ao regulamento dos desfiles, isto as entidades terão que resolver e apresentar para as devidas providências práticas tanto contratuais como de segurança pública junto aos órgãos externos: Policia Militar – CET – Sub-Prefeituras – GCM – Policia Cilvil no sentido do bom andamento dos desfiles carnavalescos em 2013.
LIGA, Abasp e ABBC
Para Luiz Salles, do ponto de vista da organização dos desfiles carnavalescos de 2013, os desfiles da Abasp – Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo, da ABBC – Associação das Bandas Blocos e Cordões Carnavalescos Do Município de São Paulo e da própria LIGA Independente das Escolas de Samba de São Paulo que coordena os desfiles dos Grupos Especiais e de Acesso no Sambódromo do Anhembi, a coisa está bem mais simples de se resolver.
Salles lembrou que as entidades representantes das bandas e blocos carnavalescos – Abasp e ABBC, assinam e representam as agremiações a elas filiadas. No caso da LIGA, muito embora seja a entidade aquela que dirige os destinos dos desfiles carnavalescos das escolas de samba dos Grupos Especial e de Acesso, as agremiações a ela filiadas, assinarão contrato direto com a SPTURIS.
Acredita Luiz Salles que tudo esteja dentro dos conformes administrativamente falando, e que aquele incidente ocorrido na apuração 2012 no Sambódromo que ofuscou o brilho do carnaval paulistano, já teve a penalização por parte da Prefeitura e agora é partir para um excelente Carnaval 2013.
Cidade do Samba
Com relação à Cidade do Samba prometida para ser erguida próximo à Ponte da Casa Verde, na Marginal Tietê, as obras estão fluindo, segundo Salles. O diretor da SPTuris acredita que tudo possa deslanchar quando as chuvas cessarem e derem condições técnicas para se efetuar as fundações das obras, cujo espaço no momento está sofrendo processo de manejo de terraplenagem. A esperança do representante da prefeitura é que no final de julho deste ano já se possa ter as primeiras pilastras erguidas na Cidade do Samba.
Jota Muniz pede a ressurreição dos velhos carnavais
“ Os Clarins Estão Relembrando os Nossos Velhos Carnavais!!!
Arlequins sensuais amam Colombinas de Pompons grenás!!!
Passam nas visões de Meus Sonhos pierrôs tão tristonhos a tocar bandolins!!!
Implorando em vão a ressurreição dos velhos Carnavais!!!” (…)
Lamartine Babo
Rio de Janeiro 10/1/1904 – 16/6/1963
Esta homenagem aos antigos carnavais, de autoria do legendário Lamartine Babo, serve como abertura, ou como se dizia no jornalismo de outrora, nariz de cera para a abertura de um verdadeiro depoimento de como era o Reinado de Momo da cidade de Santos, no litoral paulista, a partir do final dos anos 1930.
O pesquisador e historiador carnavalesco Jota Muniz Junior, que gosta de ser identificado como um “sambista da antiga”, disse ao Blog do Candinho que desde 1939, quando era criança, ia acompanhar o carnaval santista na Praça Mauá, saindo da Rua General Câmara, onde seu pai tinha uma sapataria. Desta forma, Muniz acompanhava de perto a Folia de Momo santista, principalmente os blocos de sujos, onde passou a fazer parte da batucada em 1947/48.
Blocos de Sujos
Segundo o historiador eram blocos de sujos porque neles se misturavam homens e mulheres – fantasiados ou não – , pessoas que não tinham dinheiro para pagar o ingresso nos clubes que promoviam bailes carnavalescos, como o Santos F.C. e o Atlético Santista, e que ali se reuniam sem qualquer preconceito: negros, brancos, prostitutas, malandros, mulher de candomblé, rapazes, moças de família, todos se reuniam e saíam fazendo batucada pelas ruas num vai quem quer e como puder. Saiam dez, vinte foliões batucando e davam uma volta pela cidade. E quando voltavam, já havia centenas de foliões que ficavam circulando junto com outros blocos de sujos.
Mesmo assim, comentou Jota Muniz Junior, os clubes ficavam superlotados, porque muita gente gostava da rua e do salão. Clubes como Regatas Santista, Santos F.C., Jabaquara A.C., Clube Regatas Vasco da Gama, Saldanha da Gama, Portuários e Internacional de Regatas faziam a alegria no antigo carnaval de Santos.
Ranchos escolas
Conta Muniz que tudo se iniciou em 1935, com os ranchos escolas das Tias Euclides Lidionetas que faleceram já em idade avançada e eram de maioria negra. Existiam também nesta época, disse o entrevistado, os Ranchos Arrasta Sandálias e o Novo Horizonte.
Escolas de samba
Segundo Jota Muniz Junior, as escolas de samba começaram a surgir em Santos, a partir de 1939, ano que marcou o centenário da emancipação da Vila de Santos. A primeira foi a escola Não é o Que Dizem, depois veio a dos Pinguins da Vila Mathias em 1940. No ano seguinte, foi fundada a Escola número um no Canal 3, a Aí Vem a Favela, e depois a Aí Vem a Favela do Campo Grande, após isso veio a X-9 da Bacia do Macuco que surgiu originária do conjunto Os Mensageiros do Samba, em 1944. Posteriormente, surgiram as agremiações Vitória, Escola de Samba Tempestade de Ritmo, até chegar na Escola de Samba Brasil, em 1949.
Subindo a serra
A escola de samba X-9 de Santos começou a participar ativamente do carnaval da capital do Estado de São Paulo a partir de 1948, quando naquele ano ganhou a Taça Papai Noel do antigo Jornal O Dia e dos extintos Diários Associados. Em 1949, recebeu uma Taça de 1,20 metros de altura. O concurso oficial das escolas de samba do Quarto Centenário da fundação de São Paulo, em 1954, foi vencido pela Escola Brasil de Santos e a X-9 Santista no mesmo ano venceu o concurso carnavalesco organizado pela Rádio Record, que foi televisionado na época na capital paulista com retransmissão para a Baixada Santista.
Carnaval oficial
Em meados de 1950, segundo Jota Muniz, o prefeito Antonio Feliciano oficializou o carnaval de Santos que, a partir de então, passou a ser considerado um dos maiores carnavais do Brasil porque tinha um leque de opções: Batalhas de Confetes que aconteciam cada semana ou duas vezes por semana em bairros diferentes - já a partir de janeiro. Tinha o desfile Banho da Dona Dorotéia, Desfile da Faixa de Areia, Desfiles de Cordões Carnavalescos, Choros, Blocos, Ranchos, Tribos Carnavalescas, Escolas de Samba e Salões de Bailes que ficavam abarrotados de gente.
Universo do Carnaval
Para Muniz, o carnaval era um universo e o samba era apenas um mundo que participava daquele universo. O universo carnavalesco acabou, para ele ocCarnaval na expressão e definição original não existe mais, agora o que existe é um pequeno desfile de escolas de samba. Hoje, inclusive, se vê banda desfilando que não é banda, pois desfila com bateria de escola de samba. A verdadeira Banda desfila com instrumentos de sopro e percussão, ensina o pesquisador e historiador Jota Muniz Junior.
Início da decadência
A partir dos anos 1960, diz Muniz que aconteceu a decadência das músicas carnavalescas, quando cantores como Francisco Alves, Gilberto Alves, Silvio Caldas, Marlene, Dalva de Oliveira e Emilinha Borba procuravam ganhar os concursos de carnaval no Rio de Janeiro para ficar no apogeu. Até Cauby Peixoto gravou no carnaval um samba da Mangueira.
Indo mais fundo em seu depoimento ao Blog do Candinho, comentou Jota Muniz Junior que Francisco Alves – O Rei da Voz - que durante o ano cantava ópera e música italiana, no carnaval vestia camisa listrada e gravava sambas, marchinhas e até musicas da Mangueira. O carnaval envolvia todos os grandes artistas do eixo Rio-São Paulo gravando músicas da época. Não existia um só programa radiofônico, as emissoras de rádio tocavam o dia inteiro músicas carnavalescas.
Descaracterizando o samba de raiz
As crianças, nas proximidades do carnaval, já iam se ambientando a usar as fantasias que iriam brincar na grande festa popular. Com a decadência das músicas de carnaval e com a invasão das canções estrangeiras, a mentalidade dos brasileiros foi se deixando levar por isto. Bastante contrariado, Jota Muniz Junior relata que hoje, quem chega na escola de samba, ouve funk. ”Você vai à Portela, ao Império Serrano e ouve até o presidente da Mangueira dizer que a cultura lá do morro não é mais o samba, então para mim tudo se acabou”, diz.
Só escolas de samba
Do carnaval antigo, segundo Muniz, só restaram as escolas de samba que eram perseguidas pela polícia, que dizia com frequência: “Bota esta negrada para desfilar na segunda-feira”. “Quando o sambista andava a pé pra cima e pra baixo e ninguém o reconhecia, com a decadência dos blocos, ranchos, cordões tudo se acabou e aí as escolas de samba tomaram conta dos desfiles e conheceram o apogeu dos dias de hoje pois estão sozinhas no cenário carnavalesco”, desabafa Jota Muniz Junior.
Ele conta, ainda, que antes de 1954, as escolas santistas desfilavam sem verba. Para arrecadar dinheiro, saíam com as taças e as cabrochas pedindo ajuda para organizar os desfiles. Participavam em batalhas de confetes com esta finalidade, arrecadando verba para comprar fantasias, e os sambistas eram artesões populares, trabalhavam na alegoria, faziam os instrumentos pregados, não podiam comprar. Era de uma pobreza de origem como naquela época foi em Santos, São Paulo e Rio de Janeiro.
Destaques e puxadores de samba
A partir dos anos 1960 é que as escolas passaram a ter destaques em carro alegóricos. Antes, eles desfilavam a pé, assim como os puxadores de samba, exemplo maior disto foi o imortal Jamelão que preferia ser chamado de intérprete e que puxava o samba da Mangueira sem microfone. Puxador de samba naquele tempo tinha que ter gogó para que, a duas quadras adiante, pudesse ser ouvido pelos componentes e pelo público. As pastoras faziam a primeira parte e o puxador tinha de, sozinho, cantar a segunda parte do samba.
Fora da festa
Com relação ao samba atual de Santos, Jota Muniz prefere não arriscar nada, pois se diz afastado dos ensaios e desfiles das escolas de samba que ainda lutam com dificuldade para manter a tradição carnavalesca da cidade. Finalizando, Jota Muniz Junior diz não mais acreditar na recuperação do carnaval santista, pois a maior parte dos antigos sambistas e carnavalescos já partiram deste mundo e aqueles que ainda permanecem em vida são até criticados pelos sambistas que na atualidade não querem sequer pesquisar em busca de entender a finalidade cultural da maior festa popular brasileira.